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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Honda VFR800F 2014, finalmente renovada a moto que praticamente criou a classe esporte turismo.

Por Waldyr Costa

Depois de muitos anos sem ser renovada, alguns chegaram até a cogitar sua descontinuidade, uma das melhores motos da história da Honda é renovada. Ela foi a referência das motos esporte turismo por mais de duas décadas e agora está renovada e disposta a retomar seu lugar no topo entre as melhores.


Desde 1986, quando se chamava VFR750, equipada com o clássico motor V4, derivado das motos de competição, a VFR800F, como passou a se chamar em 1998, era a melhor em esportividade, equilíbrio geral e capacidade de oferecer conforto. A VFR se tornou a referência de uma nova categoria, a sport-touring - motos esportivas ajustadas para viagens com prazer, muito prazer. 


E por muitos anos foi quase imbatível como esporte turismo, mas com o lançamento da CBR1100XX Blackbird na virada do século e o acirramento pela disputa da maior velocidade final com a Suzuki GSX1300R Hayabusa, ambas esporte turismo de desempenho extremo, houve um certo ofuscamento da VFR, que não era mais a rainha, haviam outras duas, àquela época, brigando pelo seu ex-trono. 


Com a descontinuação da Blackbird em 2007, a Honda se focou em uma nova sport-turismo de alta cilindrada, era a nova VFR1200F. Mas a 1200 nunca apagou a imagem de quase perfeição da VFR800F, como também nunca se mostrou melhor do que a 800 já tinha sido antes. Então a Honda retoma os olhos para a 800 em um novo momento do planeta, com leis anti-poluição rigorosíssimas e o mercado voltado para o consumo inteligente, com motos de alta eficiência, baixíssimo consumo e desempenho suficiente. Foram quase dez anos de evolução na engenharia motociclística para a VFR800F ganhar nova vida, um esquecimento muito longo e que ela nunca mereceu.


Agora a VFR800F teve todo o seu conjunto modernizado. O motor V4 a 90º com 782cc está otimizado, com aumentada faixa de torque em média e baixa rotações, a potência máxima agora é 105cv @ 10.500rpm e o torque máximo 7,5kgm @ 8.500rpm. No comando válvulas melhoraram suavização na transição de abertura das válvulas do sitema VTEC, que continua abrindo só duas válvulas por cilindro em baixa rotação, ficando a abertura das quatro por cilindro para rotações mais elevadas e é justamente essa transição que foi suavizada e tornada menos perceptível durante a pilotagem. Já a inclusão do novo sistema de gerenciamento de tração Honda TCS é novidade na VFR. Há também, como opcional, o novo sistema auxiliar para troca rápidas de marchas sem precisar aliviar o acelerador e nem utilizar a embreagem, é de instalação rápida.


Foi feito um trabalho especial de emagrecimento e a moto perdeu mais de 10kg - só no novo sistema de escape 4x1 foram menos 7kg. Ela ganhou nova suspensão, com monobraço Pro-Arm, sistema Pro-Link com amortecedor HMAS, a gás, na traseira e bengalas HMAS de 43mm na frente - o conjunto tem 108mm de curso; o quadro não mudou, mas o novo sub-quadro é 3kg mais leve; novas pinças de freio radiais com quatro pistões contrapostos à frente, que mordem discos duplos flutuantes de 310mm, com ABS/CBS - freios de duas vias, tanto o traseiro quanto o dianteiro freiam as duas rodas - de última geração e um bom sistema simples com disco de 256mm atrás. As rodas de 10 raios, aro 17", têm bitola de 3,5"na frente e 5,5" na traseira, que montam pneus de 120mm e 180mm de largura respectivamente. 


No quesito desenho, houve preocupação de também emagrecer a moto visualmente, ela ficou menos "parruda" que o modelo anterior, com mais influência dos modelos antigos no novo design, mas puxando um pouco o visual para os traços da nova linha CB. Os faróis de LED aparecem pela primeira vez em uma motocicleta da Honda, a lanterna traseira também é de LED e integra as lanternas indicadoras de direção, vulgo "piscas", que têm sistema de desacionamento eletrônico inteligente, que calcula, pela diferença de velocidade entre a roda dianteira e traseira, quando deve desligar os sinalizadores de direção. A altura do assento pode ser ajustada em 20mm, a escolha é entre 789mm ou 809mm. O consumo estimado é de 18km/l e com o tanque de combustível com capacidade para 21,5 litros, você vai ter que rodar mais de 380km para "secá-lo". O novo painel indica, entre outros, temperatura ambiente e consumo de combustível. A nova chave de ignição é igual à dos carros modernos, com ranhuras internas, para dificultar furtos e ainda conta com sistema HISS de antifurto.



Vamos aguardar pra ver como ficará tudo isso em prática, ou seja, usando-a na estrada. DNA ela tem de sobra e a Honda nunca decepcionou com este modelo, a não ser pelo tempo que passou sem renová-la, o que também atesta a excelente qualidade e equilíbrio do modelo anterior.





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