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sexta-feira, 21 de março de 2014

Honda NM4: novo conceito baseado no motor das NC750 e com estilo "Akira".

Por Waldyr Costa
Imagens divulgação.

A Honda apresentou hoje (21/03/2014), no 30º Osaka Motorcycle Show 2014, um novo conceito  de motocicleta estilo custom já planejado para entrar em produção no segundo semestre deste ano. Ele é o NM4, que foi exibido em duas versões: com e sem malas integradas.

As duas versões da Honda NM4 apresentadas no 30º Osaka Motorcycle Show 2014.
Não poderia ser em outro local o lançamento deste conceito com sérios propósitos de produção. Olhando para ela é inevitável vir à mente a imagem da moto do herói de desenho animado japonês Akira. E a Honda não nega o fato, ao contrário, ela mesma afirmou que o design era inspirado nos clássicos desenhos com motos futuristas que tradicionalmente serviam aos heróis do desenho animado.

Honda NM4 Vultus: um desenho futurista, direto das pranchetas digitais para a linha de produção.

O projeto de foi desenvolvido por uma jovem equipe de designers, com idade predominante entre 20 e 30 anos, aos quais foi dada total liberdade de criação. E a moto não fugiu ao projeto original, que normalmente é muito modificado, e seguiu firmemente o propósito de vanguarda até o estágio final de produção. A NM4 chame-se Vultus, e apesar de ter sido desenvolvido sobre a plataforma das NC700/750, as New Concept, ela tem traços independentes de tudo o que foi feito pela Honda até o momento, lembrando um pouco apenas o estilo de traço que foi utilizado nas últimas atualizações da Honda apenas para manter a identidade da marca, porém o desenho é realmente inédito.

O estilo japonês de desenhar motos futuristas em animações para tv está mais do que presente na NM4.
A intenção da Vultus é exceder a gama padrão de compradores de um determinado estilo, expandindo a atenção tanto para os jovens, como pilotos experientes; usuários de customs, scooters, nakeds, roadsters, touring e aqueles que apreciam um design diferenciado, futurista e de vanguarda. A última ação de vanguarda tomada pela Honda nesse nível foi com a DN-01, que terminou não emplacando como esperado. Mas a NM4 tem boas chances por ser um design já na cabeça daqueles que viram motos como essa nas animações de tv quando criança e também por usar a base das NC que já são conhecidas e aprovadas. Que, embora não sejam um primor em desempenho, são muito suaves, confortáveis, econômicas e de baixo custo de manutenção. Esses fatores são muito positivos para aqueles que pretendem comprar sua primeira moto maior ou para aqueles que já curtiram muitas esportivas e querem uma moto mais tranquila para um lazer mais relaxado.

O exercício de design é realmente detalhado e cuidadoso, especialmente na frente da moto.

A moto não utiliza mais lâmpadas, apenas LEDs, que vão desde a lanterna traseira, passando por piscas, painel, até a luz do farol que também é gerada por um conjunto de LEDs de alta intensidade, circundado por uma moldura azul no farol baixo. Ladeando o farol estão dois porta-objetos, sendo o do lado esquerdo com capacidade de 1 litro e tomada de 12V para celular ou câmera, e o do lado direito com capacidade para três litros. Opcionalmente pode-se escolher as bolsas laterais integradas, vistas na foto do modelo branco na abertura desta matéria.

Observe a iluminação da frente funciona e os compartimentos embutidos na carenagem ao lado do farol. Inédito.
O assento do carona pode virar encosto, tem quatro opções de regulagem, variando 25mm horizontalmente, e mais três opções do ângulo de inclinação, para maior conforto do motociclista. Embora não seja algo novo, da forma como se apresenta é uma solução muito mais funcional do que as outras poucas que já existiram para motos custom, quando o encosto do sissybar podia virar assento.

As opções de ajuste do encosto, que também é o banco do carona, é uma boa sacada.
O painel foi trabalhado para dar a sensação de cokpit ao piloto e é configurável nas cores de iluminação. São 25 opções de cores, mais a mudança padrão de cor em cada modo de pilotagem: em N (neutro) ele fica branco, no modo D ele fica azul, no S fica pink e finalmente no MT ele fica vermelho. A moto é equipada com o sistema automático de transmissão de dupla embreagem, DCT, com controle totalmente eletrônico para o câmbio, mesmo no modo manual, pois não tem a alavanca de marchas no pedal esquerdo e sim dois botões no punho esquerdo para subir e descer as marchas.

O painel dispõe de quatro cores padrão de iluminação, que variam pelo modo de
pilotagem selecionado, ou 25 tonalidades de cores à escolha do motociclista.
Por falar em modo de pilotagem, eles são três: o modo MT permite total controle do piloto, permitindo a troca de marchas pelo comando elétrico no punho esquerdo; o modo D favorece uma maior autonomia e é mais voltado para uso na cidade ou viagens; e o modo S oferece um comportamento mais esportivo, fazendo as trocas de marcha em uma rotação mais alta, permitindo uma performance mais agressiva do motor, reduzindo também as marchas mais cedo para maior eficiência nas frenagem com ajuda do freio-motor. Mesmo assim o piloto pode intervir aumentando ou diminuindo as marchas, caso queira, em qualquer modo selecionado.

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No comando de troca de marchas, o dedo indicador esquerdo troca as marchas para cima e o polegar esquerdo as reduz. Deve precisar de uns dias para se acostumar. No lado direito ficam os modos de pilotagem selecionáveis pelo polegar. O câmbio tem 6 marchas, porém estas são gerenciadas por duas embreagens, que fazem trocas de marchas muito suaves e dividem o câmbio em marchas ímpares e pares. Quando uma marcha ímpar vai engatar, uma das embreagens entra em ação, enquanto a outra fica de prontidão para a entrada da marcha par. Assim sendo, uma embreagem cuida da troca da 1ª, 3ª e 5ª e a outra engata as 2ª, 4ª e 6ª marchas. Boa contribuição para o rendimento dinâmico do motor e da durabilidade, já que as trocas automáticas eliminam os erros de engate na pilotagem e submetem o conjunto a um trabalho com menos stress. Como já foi dito, o motor é o mesmo da linha NC750 e o quadro é baseado nessa mesma linha. O tanque tem capacidade para 11.6 litros e o consumo médio é de 28,4 km/l, permitindo autonomia em torno dos 300km. O peso total da moto é de 245kg quando abastecida e pronta para rodar. Um detalhe interessante que não está bem visível nas fotos divulgadas é o fato dela utilizar um pneu traseiro 200/50 ZR17. Um verdadeiro exagero para uma moto que tem apenas 750cc e mal passa dos 50cv. Nem os quase 250kg de peso justificam isso. É apenas estético, para dar impressão de poder e volume à moto.

Seguem outros detalhes (clique nas fotos):









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