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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

SUZUKI GSX-S1000F 2015: naked carenada?

Por Waldyr Costa
Imagens divulgação.


A versão carenada da GSX-S1000 ganha um F de fairing (carenagem em inglês).

Irmã gêmea da GSX-S1000, a GSX-S1000F compartilha tudo, exceto a carenagem, com a sua semalhante. O modelo faz par com a naked derivada da superbike GSX-R1000 SRAD, muito conhecida dos motociclistas. Esta versão com escudo dá a uma versatilidade maior por deixá-la mais apta a enfrentar o vento nas rodovias sem deixar o piloto com torcicolo. Quem já viajou um pouco mais rápido com uma moto sem carenagem sabe exatamente do que estou falando. E é justamente para estes que a GSX-S1000F se destina.



O nariz da F ficou com aparência de percevejo (heteróptero), um inseto parasita muito conhecido pela aparência e odor.

Para não repetir tudo o que já foi escrito na matéria anterior com a GSX-S1000 (clique aqui), vamos acrescentar o que a F tem a mais ou de diferente. Mas se observarem, até os retrovisores continuaram no guidom, quando seria mais adequado dispô-los na carenagem. Isso é um sinal da contenção de custos de produção para deixá-la mais competitiva. Certamente estas duas versões estarão com preços entre os mais baixos dentre as nakeds de 1.000cc, é o que sempre a Suzuki costuma fazer. 

O estilo do design da carenagem, especialmente os faróis, certamente não agradará a todos.

As linhas frontais ficaram bem curvas e pontiagudas, deixando os traços mais orgânicos. A semelhança com a cabeça de um percevejo talvez seja proposital, afinal um besouro é sempre ameaçador. Mas o lado selvagem, na verdade, está por trás da carenagem: o propulsor de 1.000cc é rico em torque e atinge elevadas rotações com potência de sobra para divertir qualquer um. O motor, apesar de amansado, deve ficar com desempenho empolgante. 

A Suzuki investiu num par de motos com a mesma base. O que já se tornou tendência no mercado.

Os valores de potência e torque máximo, como também o peso, ainda não foram divulgados. Ela foi anunciada como modelo 2016 na América do Norte e modelo 2015 na Europa, porém ainda deve passar por algumas finalizações. Isto sugere que ela foi apresentada precocemente devido às imagens que vazaram na web. Embora esteja prevista para o primeiro semestre 2015, o início das vendas ainda não foram divulgados para a Europa. Quando a Suzuki iniciar suas vendas já saberá os valores de performance das concorrentes e com certeza vai se aproveitar disso, mas não deve ser nada muito radical.

A linha GSX-F ganha concorrência interna com a chegada da GSX-SF. Mas as propostas diferem.

Os demais dados e ficha técnica é a mesma da GSX-S1000, a versão naked dessa GSX-S1000F, que você pode conferir no post anterior. A Suzuki do Brasil, representada pela JToledo, já comunicou que os modelos também serão brasileiros, mas sem datas e nem preços. Mas esperem algo entre R$ 40 e 50 mil. Como parâmetro, a Z1000 custa quase R$ 52 mil e a CB1000R pouco mais de R$ 45 mil. O preço da naked GSX-S1000 poderá ser mais baixo que o da GSX-S1000F, embora, no exemplo da Kawasaki, a Z1000 (naked) esteja custando atualmente o mesmo que a Ninja 1000 (carenada) - valores de nov/2014, Fipe.

O preço da GSX-S1000F certamente será superior ao da GSX-1250F, devido ao pacote tecnológico.

Enquanto não temos mais informações, seguem algumas fotos. As cores são três, sempre combinadas com preto: vermelha, azul e cinza.

Mesmo utilizando o ex-propulsor da GSX-R, a GSX-S1000F certamente terá desempenho menos apimentado.

Muito peito e pouco bumbum. Isto está ficando cada vez mais comum.



Vista de frente, eu não pude deixar de notar alguma semelhança com os faróis da nova CBR500R.
Apesar do design frontal ser bem distinto daquele da Honda.


A largura máxima da moto é determinada pelos espelhos
retrovisores, que estão bem mais além do limite do guidom. 


Cinco sensores alimentam a centralina (ECM) para fazer o gerenciamento da injeção eletrônica e dos freios ABS.


Os faróis usam leds para as luzes de posição e lâmpadas H7 12V 55W, sendo uma para o farol alto e outra para o baixo.
Deviam fazer faróis assim com duas H4 55/60W para ter iluminação proporcional à dos carros e não deixar a moto
cega de um olho quando estiver usando só o farol baixo. Ela também fica vesga com o farol alto, pois um facho
fica virado para baixo e o outro para frente. E os "guardas" mal informados ainda ficam implicando
e querendo multar: "lâmpada queimada e farol desregulado".

Nas estradas, menos sofrimento com a pressão do vento, mesmo com o escudo relativamente pequeno e baixo.

Apesar de ter carenagem, ela não foi feita pra levar garupa e não tem onde prender bagagens.
A capacidade turística é limitada, basta olhar o tamanho do "tamburete" para o passageiro.

Porém, para brincar, ela deve ser uma delícia. O trem de pouso é preparado para aguentar abusos.

Sair sozinho fica mais divertido com uma moto esporte com estilo naked de pilotagem. Menos cansaço em relação às R.

A cidade também é um habitat natural, já que ela não passa de uma naked com carenagem.

Os espelhos retrovisores no guidom facilitam para trafegar nos corredores em trânsito pesado.

Escape curto e discreto ajuda na centralização de massas.

No geral o desenho da naked e da carenada são agradáveis e mais orgânicos, fugindo da predominância das linhas retas.

Faróis halógenos devem ser substituídos em alguns anos pelos novos de led,
como já acontece com a concorrente Z1000.

A série S "puxou" também a ex-GSR750 para ficar com o nome GSX-S750.
A linha GSX-S agora tem a 750, 1000 e 1000F. Quem sabe uma 750F não vem por aí?

4 comentários:

  1. Moto linda e deverá ser muito boa e divertida, porém limitada para viagens longas, uma vez não dispor de espaço para bagagem.

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    1. Olá WOP. Tanto a naked como a carenada são streetfighters, portanto, modernas motos de rua com desempenho bastante esportivo. Para viagens longas (um dia ou mais) você têm que considerar motos com veia mais turística como as Bandit, GSX-F, V-Strom, Boulevard etc. Mas uma viagem curta, até uns 300km, não vejo problema com as GSX-S, especialmente a F. Já a versão toda naked força a gente a manter a velocidade abaixo dos 130km/h pra não ficar com "pescocite".

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  2. Olá Waldyr. Gosto bastante das informações deste site. Parabéns.
    A moto é um espetáculo. Só falta a Suzuki facilitar a compra com uma promoção ou uma boa opção de financiamento.
    Estou namorando a GSR750, mas se daqui pro início do ano de 2016 vier a desejada promoção talvez fique com a S1000.
    Sucesso.

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    1. Olá Cley, obrigado. Infelizmente as promoções da Suzuki mudaram para financiamento com juros abusivos. É melhor aguardar mesmo. A não ser que você tenha grana pra pagar à vista, pois os juros atualmente estão em 40% para 2 anos apenas. Abraço e valeu pela participação.

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